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Estação das Ferrarias - Castelo Branco

O que mais me entusiasma nas borboletas nocturnas?

Descobrir o desconhecido! É ver seres que no dia-a-dia não vemos, salvo raras excepções, sendo precisas condições muito próprias para que esses seres se mostrem, não à luz do dia, mas à “luz da noite”, com lâmpadas próprias que os atraem!


Há vários anos que faço sessões de nocturnas, lá na aldeia, no meu pequeno quintal, para deleite próprio. A luz da iluminação pública não interfere em nada com a sessão; o habitat é composto essencialmente por oliveiras e videiras e ainda macieiras, pereiras, figueiras, laranjeiras, entre outras.

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Em determinada altura, comecei a partilhar nos grupos que têm por estudo as borboletas, sendo o LEPIDOPTERA (Borboletas) em Portugal o principal, e assim aumentei significativamente o meu conhecimento.
O método utilizado é o do “lençol” e uma lâmpada de vapor de mercúrio de 250 W. Coloco um lençol dependurado num arame (que serve de estendal da roupa), este lençol cai sobre um muro, a este muro encosto uma mesa que cubro com um outro lençol, e assim tenho um lençol na vertical e outro na horizontal.

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Conforme as borboletas vão chegando, tento aprisioná-las com um copo de plástico descartável. Em cada um dos copos vou colocando um pequeno papel numerado, depois fotografo o conjunto; depois de fotografado, aprisiono a borboleta numa garrafa de plástico, toda perfurada, e só serão soltas no fim da sessão para que não haja repetição do mesmo exemplar. As que ficam no lençol vertical também as consigo aprisionar com dois copos e alguma habilidade, raramente foge alguma.

Texto: Mário Alves Roque

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