Estação da Guarda do Seis - Leiria
A Mata Nacional de Leiria encontra-se dividida em 342 talhões criados através de uma rede de aceiros e arrifes que cruzam o Pinhal de este a oeste e de norte a sul. Os primeiros, identificados por letras, de A a T, e os segundos por números, de 0 a 22. Em redor do Pinhal, surge ainda um outro aceiro, geralmente designado por Aceiro Exterior. Durante a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX, o material extraído do Pinhal de Leiria assumia uma importância que hoje nos escapa. Mais que a madeira, era a lenha para o aquecimento, o mato para os animais, a resina, o carvão, a caça. Daí que, ao longo do aceiro exterior, na extremidade de cada aceiro ou arrife (que eram também pontos de passagem), se tenha erguido uma Casa da Guarda onde se controlavam as entradas e saídas do Pinhal. Nas últimas décadas, com o progressivo desinteresse pelos produtos florestais, as guardas foram sendo abandonadas, muitas vezes aquando do falecimento do último guarda que a habitou. A Estação da Guarda do Seis é apenas uma entre dezenas, espalhadas ao longo do aceiro exterior, em diferentes graus de ruína. Agora, pelo menos uma noite por mês, volta a iluminar-se.